Está a todo vapor o trabalho de limpeza da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Macatuba que teve início no mês de junho e deve ser concluído até o final de julho. Assoreada, a lagoa anaeróbica estava trabalhando no limite da capacidade, o que significa que está tratando cerca de 80% dos dejetos, o mínimo necessário para cumprimento da legislação em vigor. O investimento é de R$ 490 mil e os recursos são do Fehidro (Fundo Estadual dos Recursos Hídricos).
?O último processo de desassoreamento foi feito em 2002/2003 quando o sistema ainda estava sob concessão da Sabesp e o recomendado é de uma limpeza a cada 10 anos. Tínhamos a verba e agilizamos os processos para que o serviço fosse efetivamente realizado?, comentou o prefeito Marcos Olivatto.
Para que o trabalho começasse, a atual Administração precisou licitar a obra e conseguir uma área para que os ecobags de lodo retirados da lagoa anaeróbica pudessem ser colocados durante o período de mais ou menos um ano. Este é o tempo para que o resíduo sólido (lodo) seque e depois de feitas análises seja definido seu destino, que pode até virar adubo. A área que recebe os ecobags está impermeabilizada e o líquido que é liberado volta para a lagoa.
A empresa responsável pela limpeza é a Ecobulk Comércio, Importação de Produtos para Proteção Ambiental. O SISAM (Sistema de Saneamento Ambiental de Macatuba) optou pelo sistema de limpeza de ecobags utilizando vários critérios como, por exemplo, que não é necessário suspender o processo de tratamento do esgoto, por não agredir o meio ambiente e também pelo preço.
?A lagoa anaeróbica do nosso sistema de tratamento estava assoreada de lodo com sua capacidade de tratamento bem reduzida. Estava sendo tratado cerca de 80% de todo esgoto recebido, ou seja, o limite permitido em lei. Agora o serviço está sendo feito e vamos melhorar a eficiência no tratamento de esgoto?, explicou o secretário de Meio Ambiente e Saneamento, Eleandro de Andrade.
O sistema de tratamento de esgoto de Macatuba foi inaugurado em junho de 1994 e o processo opera por remoção da carga orgânica de maneira biológica em duas lagoas: uma de processo anaeróbico (os microrganismos não utilizam oxigênio) e a outra de processo facultativo (os microrganismos podem ou não usar oxigênio). Trocando em miúdos, estes microrganismos se alimentam do esgoto e com isso liberam a água com baixa quantidade de matéria orgânica aos rios. O lodo que se acumulou no fundo da lagoa anaeróbica é o resultado de sedimentos sólidos que vem junto com o esgoto.