Projeto foi totalmente reformulado e se transformou em uma associação; colaboradores também estão recebendo mais pelo trabalho realizado
O Lixo Rico, projeto que foi totalmente reformulado e se tornou uma associação em Macatuba, registrou no último mês um recorde histórico de processamento de material reciclável. Em 30 dias, mais de 40 toneladas de plásticos, metais, papeis e vidros deixaram de ser despejados no meio ambiente e se transformaram em rendimentos para os 18 colaboradores.
“No pagamento realizado em outubro, os colaboradores da Associação Lixo Rico ganharam mais de R$ 2 mil com o trabalho realizado. Se fizermos um comparativo com um passado próximo, isso representa oito vezes mais do que em 2019, por exemplo, quando o sistema era bem diferente do que é hoje. E esses números tendem a melhorar ainda mais, porque o macatubense vem aderindo à nova coleta de recicláveis e entendendo a importância social e ambiental dela”, destaca Alexandro Oliveira, administrador da ACAR (Associação dos Catadores de Recicláveis).
Além da coleta ter se tornado mais eficiente, segundo Alexandro, a quantidade de material reciclável produzido pelo macatubense aumentou devido ao progresso do município. “O desenvolvimento econômico de Macatuba também resulta em uma quantidade maior de materiais recicláveis produzidos pela população. E esse é mais um motivo pelo qual o sucesso da Associação Lixo Rico é tão importante”.
O cronograma completo da coleta de recicláveis realizada pela Associação Lixo Rico está disponível em: www.macatuba.sp.gov.br.
Mais sobre a mudança
No ano passado, o Lixo Rico deixou de ser um projeto social/ambiental e passou a ser uma associação, através de uma parceria com a ACAR (Associação dos Catadores de Recicláveis), da região de Jaú.
A principal mudança é a periodicidade da coleta, que passou a ser realizada semanalmente. Equipes do Lixo Rico já entregaram os chamados ‘saquinhos verdes’, os quais devem ser utilizados pelos moradores para condicionar todo material reciclável. No dia da coleta no bairro, o macatubense retira o ‘saquinho verde’ para fora de casa, de preferência entre 6h e 7h.
Outra mudança, como já citado anteriormente, é com relação aos ganhos dos 18 colaboradores que dependem do Lixo Rico para sobreviver. Segundo Alexandro, toda a equipe sente diariamente a diferença. “Toda a renda vem do rateio do que é coletado. Ou seja, quanto maior a coleta de recicláveis, melhor a renda de cada um. E com essa mudança, os catadores deixaram de empurrar o carrinho e trabalham junto com o caminhão, o que resulta em uma coleta mais significativa. Sem contar que o trabalho é menos desgastante”, completa Alexandro.
Vale lembrar que apenas o lixo orgânico, que é composto pelo lixo da cozinha e do banheiro, não é reciclável. Todo o restante pode separar e colocar no saco verde (plástico, papel, papelão, metal, vidro, etc).